Por que está tão difícil liderar hoje?

Porque estamos tentando resolver dentro das organizações o que nasceu fora delas.

Muitos dos desafios de liderança que vejo nas empresas não têm origem em metas mal definidas, métodos ineficientes ou estruturas engessadas. Eles vêm de outro lugar.

Vêm de pessoas que acumulam dores não resolvidas, relações familiares conturbadas, inseguranças profundas e padrões emocionais que atravessam os limites entre o profissional e o pessoal.

Liderar alguém que não sabe se colocar, porque aprendeu desde cedo a agradar para ser aceita, é um desafio.

Conduzir times com pessoas que se culpam por descansar, que carregam a exaustão como medalha, que não sabem pedir ajuda porque foram ensinadas a “dar conta de tudo sozinhas”, exige mais do que técnicas de gestão. Exige humanidade.

Está difícil liderar porque a liderança hoje pede mais do que performance: ela pede presença, escuta e sensibilidade para enxergar o ser humano que existe por trás do crachá.

E talvez essa seja a grande virada.

Quando olhamos para o que está por trás dos comportamentos, abrimos espaço para uma

liderança mais consciente — e, finalmente, mais transformadora.

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Eliz Casagrande